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sábado, 31 de dezembro de 2011

Esperanças

Eu quero os melhores sorrisos
As melhores companhias
Os melhores momentos
Porque esse é o objetivo da vida

Viver com leveza
Pensar com clareza
E ter a certeza
De que ser feliz é o que importa

Quero em um dia fugaz
Declarar sem mais
Que a paz
Finalmente em meu peito jaz

Que a partir de hoje
Eu inicie a mudança
Que me trará um dia
Depois da tempestade (necessária)
A bonança
Tempos de esperança
Florescem em meu coração
Porque o futuro
É agora
E sem mais
Marcho firme
Em busca de (minha) paz

Fernando Luiz

Auto-Engano

Perdão é algo nobre
Não se ache evoluído
Se as mágoas preenchem
O seu coração contraditório

Julgar e condenar alguém
Por um erro que eu também cometo
É errar duplamente
Pelo julgamento e pela hipocrisia

É justo que se faça uma análise
Se eu realmente evoluí como ser humano
Ou continuo enganando a mim mesmo
Portando as mesmas imperfeições, com roupagens diferentes

Achar-me melhor que ontem
Pode ser um ledo engano
Pois posso ser um versátil pierrot
Que no carnaval da vida, todo dia, troca de máscara

Fernando Luiz

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Soneto Monótono

A poesia é mais
Que retrato de banalidades
Trivial é o poeta
Que cultua a monotonia

A melancolia exacerbada
O amor inalcançável
As amenidades recorrentes
Uma mesmice sem fim

A rotina poética me incomoda
Pois soa falsa a insistência
Em discorrer sobre um tema só

Parece fingimento exaltar eterna alegria
Ou mediocridade passiva, o sofrer eterno
Pois o poeta, assim como o homem, é plural


Fernando Luiz

domingo, 6 de novembro de 2011

Soneto Peçonhento

Cobras são seres
Que agem sorrateiramente
E guardam sua peçonha
Para inocular no momento certo

Assim são algumas pessoas
Amáveis por conveniência
Mas que na primeira contrariedade
Introduzem, sem dó, sua letal substância

A diferença é que
As cobras agem por instinto
E os homens por malícia

O homem não é então, de fato, um ofídio
Tanto não tem controle sobre seu próprio veneno
Que morderá a língua e será sufocado por ele

Fernando Luiz

domingo, 30 de outubro de 2011

Inteligência Emocional

O obscurantismo
Da própria alma
É a pior chaga
Que alguém pode carregar
A pueril preocupação
Com sentimentalismos debilóides
Rascunhos do que seria uma indivudalidade
Na verdade,
Fragmentada pelos próprios devaneios
Perdida em uma realidade paralela
Que só existe na verdade
Em seus sofismas pessoais
E na sua loucura particular

E a cegueira é tão intensa
Que preocupado em exaltar sua condição
De eterno sofredor
Rebaixa aqueles que lhe estenderam a mão
Nos mais críticos momentos
E exalta o fator de angústia
Aquele por quem sempre sofreu
E venerou
Mas que sempre o relegou
A segundo plano

Cuspir no prato que se come
É pensar limpar a própria essência
Do martírio que a consome
Inútil ilusão
Porque o que é do homem
O bicho não come
E até o verme rejeita

E tal bactéria resistente
O martírio se replica
Pois um simples escarro
Não serve para limpar todo o escárnio
Auto-gravado a ferro quente
No próprio espírito

Ilusão de viver se achando
O supra-sumo da intelectualidade
Mas, na verdade
Desprezar o afago da mão amiga
E exaltar o carrasco do dia-a-dia
É atestar
Fracasso
De inteligência
Emocional

Um poema que
Se inteligente emocionalmente
O autor também fosse
Nem escreveria
Pois o silêncio
É a melhor resposta
A quem apedreja
A mão que lhe afaga
...

Fernando Luiz

domingo, 16 de outubro de 2011

Melancólico eu

Quisera eu
chamar-me teu
um apogeu
que já se deu

O que se viveu
comprometeu
arrefeceu
o futuro meu

O passado correu
Mas ainda não morreu
Apenas na mente se perdeu

E fico no breu
Um sem-escudo, Perseu
Um melancólico eu

Fernando Luiz

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Celebração

A ampulheta
Move o pó
E mesmo ficando mais velho
Não me sinto só

Envelhecer
Faz parte da vida
É opção pessoal
Cultivar feridas

E esta data
Não é só minha
É a celebração da vida
Com as pessoas queridas

E neste dia, tristezas não permito
Da angústia não serei solidário
Me permito confraternizar com os meus
Um dia de feliz aniversário

Fernando Luiz

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Círculo Vicioso

O mundo gira
E giram mais
As cabeças
Que padecem
Nessa roda gigante
Chamada vida

Cabeças
Que rolam
Por mãos
Que tosam
O sangue
Dos que choram

A vida
Seria
Alegria
Todavia
A via
Da agonia
Todo dia
Nos policia

E o carrasco
Causa asco
E espanto
Pois corta o encanto
Destruindo o recanto
E silenciando o canto
Dos que riam tanto

E o sofrimento
Causado pelo egoísmo
É o desalento
Que o homem
Carrasco de talento
Cria em si mesmo
Enchendo de sofrimento
A sua própria vida
Num movimento
Sem consciência
E dilacerante
De sua própria essência

Fernando Luiz

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cinco Sentidos

Duas metades que se procuram
Antes mesmo de se conhecer
Ausência que nunca trouxe angústia
Pois a concorrência das duas vidas
Linhas retas, não paralelas
Cedo ou tarde iria ocorrer

A explosão do sentimento contido
No momento do encontro esperado
Mas que não se tinha pré-ciência de que este era
O exato momento crucial
O mais importante das duas existências
Até que os lábios se tocassem

Homem, pobre ser material
Precisa do impulso da matéria
Para que todas as coisas do espírito
Sejam reveladas
E o toque de dois labios
Revelou o maior de todos os sentimentos

A visão sinalizava a inicial identificação que impulsionava
A audição denunciava a doçura da voz que atraia
O olfato percebia o aroma que encantava
O tato confirmava a química que explodia
E o paladar, destinado a sentir os sabores pela lingua
Fora dominado pela essência do outro lábio que compartilhava o beijo

E é o beijo
A chave
Que abre as portas
Da real felicidade humana:
Sentir o verdadeiro amor compartilhado
Que não reside na matéria, reside no espírito

Fernando Luiz

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Outdoor

A vedete
é a única vivência
daqueles que sempre
buscam a evidência

Chamar a atenção
sem pudor ou consciência
atitudes que me fazem
perder a paciência

Intolerante, talvez
Mas, não cedo a vez
A quem age com insensatez

O barulho não me convém
Para quem talento tem
Reconhecimento naturalmente vem

Fernando Luiz

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Soneto Contraditório (?)

Eu não sou o poeta das doces palavras
Eu sou o poeta que acusa
Que coloca o dedo na ferida
Que a faz sangrar

Não tenho como objetivo preencher
Sua vida de eufemismos que enganam
Jamais irá ouvir da minha boca o banal elogio
Nem da minha pena lerá a fantasia de que a vida é bela

Eu sou o fantasma do escárnio
Porque a realidade em que vivemos
É um escândalo constante

E sei que quando aponto o indicador
Três dedos voltam, direcionando-se para mim
Então, conclui-se que escrevo mais para a minha própria correção

Fernando Luiz

terça-feira, 24 de maio de 2011

Correr, Voar, Sonhar...

Olhar distante, pensamento muito mais
As paisagens apreciadas pelo andar ritmado
Conhecendo toda a vizinhança em uma porção de hora
Onde meu corpo conduz meu espírito além

O coração trabalha, bombeando feliz
Compassado por uma atividade que o exige por completo
O cansaço das pernas movimentadas e do pulmão ofegante
É compensado pela minha exclusão do sedentarismo

Corro, vôo e sonho
Percorro até onde me for permitido
Socorro cada célula carente de oxigênio

E ao mesmo tempo que meu corpo se encontra preso à corrida
O espírito está liberto para vaguear por onde quiser
Com o chão prendendo minhas pernas, mas dando asas à minha essência

Fernando Luiz

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Soneto da(s) Verdade(s)

Mais uma vez você joga
E diz ser aquela que realmente ama
Me acusando de ser um mero poeta (para você é alguém passivo e contemplativo)
Enquanto você estaria lutando pela sobrevivência (mas o que realmente fez para manter vivo o que nos unia?)

Mais uma vez você joga, não a critico, apenas lamento (por nós)
Preferia que não jogasse, pois se diz feliz sem o ser
E no seu íntimo você sabe disso
Não é feliz porque ainda joga e porque não me tem (assim como eu também não sou, por não te ter)

E o meu jogo não tem dissimulações (então não é um jogo)
Eu só falo a verdade, embora não o fiz em todos os momentos
Mas desde o momento crucial, apenas verdades falo

Verdades para o bem ou para o mal
Não importa, são todas verdades e eu ainda te amo (a primeira maior verdade)
E se escrevo poesias para ti, é porque meu coração ainda chora (a segunda maior verdade)

Fernando Luiz

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Soneto Falso-Hipócrita

O pré-conceito é inerente ao ser humano
Costumamos rotular o comportamento de alguém
Por aquilo que este demonstra na maioria das vezes
Em que estamos com ele face a face

O preconceito se manifesta
Quando esquecemos que uma pessoa
Tem várias ações dependendo do estímulo
Não sendo algo sem vida e apresentando uma única resposta a todos os fenômenos

Portanto, se você é uma pessoa espirituosa e bem-humorada
E quiser falar de coisas sérias
Não tenha constrangimento, nem se ache hipócrita

Na realidade, você se enquadra na classe dos "falsos-hipócritas"
Os superficiais estereotipam você, vendo hipocrisia na falta de um comportamento único
Mas você se conhece melhor que ninguém, para afirmar: "eu sou plural"

Fernando Luiz

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soneto do Sofrimento Antecipado

Estamos vivos, pensamos e existimos: fato
Porém, há clara diferença entre viver e existir
Viver é povoar pensamentos e ações com propósitos evolutivos
Existir apenas, é deixar a vida em metabolismo basal

Pior do que somente existir, é viver em constante medo
É entregar-se ao sofrimento antecipado
Estado depressivo que te induz a crescente negativismo
Enferrujando o corpo e entrevando a alma

O trabalho é a chave que salva
Nos movimenta os tecidos, oxigenando as células
Limpando o espírito, expurgando suas chagas

Caro amigo, sofrer por antecipação
É considerar-se mortificado peru, diante dos talheres gulosos em uma ceia
Onde a inércia te fará ser engolido pelos turbilhões da vida

Fernando Luiz

segunda-feira, 28 de março de 2011

Involução

Minhas entranhas se corroem
Meu asco e minha ânsia de vômito se exacerbam
Quando constato que a sociedade se auto-sabota
Pelos procedimentos individuais de cada homem mesquinho

Erva daninha que cresce
Impedindo o crescimento de plantas que deixariam o jardim verdejante
Jardim pleno de vida que seria (sim, o mundo tem potencial para ser belo)
Morre sufocado pela ação nefasta dos caráteres duvidosos

Interminável ciclo vicioso
Doloso individual e coletivamente
Criação que passa de pai para filho
Em sequência irrefreável e crescente de erros

Uma sociedade permissiva
Onde pais despreparados calam a boca de seus filhos através de presentes materiais
Temem contrariá-los com sermões que os tornariam homens
Preferem o sossego momentâneo oferecendo-lhes mimos

E estas crianças crescem obtendo tudo o que desejam
Tudo querem e tudo podem dentro do ambiente familiar
Nada mais natural acharem o mundo uma extensão da sua casa
E lá também acham que poderão pintar e bordar

Crescem exercendo a arte da manipulação
Da bajulação, do interesse dissimulado
E de uma pequena falha de caráter
Criou-se um ser humano dotado de nenhum caráter

Aos 5 anos, uma criança mimada que chora ao não ganhar presente
Berrando, chamando a atenção de todos
O pai despreparado para evitar o escândalo
Compra-lhe o presente que lhe calará a boca (por alguns instantes)

Aos 15 anos, um adolescente cheio de direitos
Dentro de casa é um verdadeiro rei
Os pais são marionetes em sua mão
Pois ao invés de educar seu filhos, eles que foram "educados" (melhor seria dizer adestrados)

Na escola, o adolescente torna-se popular e bem quisto
Mostrando sempre um sorriso fácil e amistoso
Esse é o esconderijo de sua superficialidade de espírito
Pois mostrará todo o seu potencial ferino à mínima contrariedade

Não há escola ou professor que "tenha o direito" de chamar-lhe a atenção
Pois ele se sente ofendido por estar sendo educado
Os pais se revoltam com o "constrangimento" do "filhinho"
E o caráter deste indvíduo progressivamente entra em xeque

Situação irônica e contraditória
Oficialmente, o boleto bancário é pago
Estando embutida no preço a educação
Mas, na prática, educar DE VERDADE significa constrangimento

Escola e professores sucumbem perante o maquiavelismo do "estudante"
Que vai progressivamente engolindo tudo e a todos
Expande suas manipulações do lar ao mundo
Tornando-se cada vez mais habilidoso em persuadir e enganar

Aos 25 anos, homem feito
Desenvolvido mentalmente e fisicamente
Porém, este desenvolvimento ocorre de maneira inversamente proporcional
Ao do seu caráter

Dois caminhos naturais seguem para este ser humano despreparado
Se preguiçoso, tornar-se-á um pai tão omisso quanto o seu foi
Por não ter recebido a educação correta, cederá aos choros do filho mimado
Que crescerá, tornando-se a imagem e semelhança do genitor (mitose de caráteres falidos)

O outro caminho é o desenvolvimento da astúcia
Habilidoso em manipular pais, escola e professores
Vai sempre galgando degraus maiores
Se lançando ao mundo da política

E como sempre foi um indivíduo estrategista
Usando a chantagem, a maquiagem e o oportunismo
Disfarçará através dos mesmos sorrisos fáceis (e aprimorados) um interesse pelo povo
Quando o seu único e exclusivo interesse é a satisfação de seus desejos pessoais momentâneos

Por isso, posso ser considerado pessimista
Mas não vejo chances da sociedade mudar a curto prazo
Pois cada vez mais, pais despreparados são lançados no "mercado"
Semeando em seus filhos a semente da incompetência

E nesta cadeia alimentar, nesta magnificação trófica
Ser humano engolindo ser humano
Um canibalismo que existe pelo fato dos homens não saberem se "alimentar" da maneira correta
Aos invés de se alimentar pela essência do conhecimento, "alimentam-se" uns dos outros

Construa a sua essência
Não precise derrubar ninguém para ser vencedor
Sua ascensão é sólida se for edificada pelo seu talento
Construir escadas de crânios não é aporte seguro
Pois esta escada é falha e você caírá
E se você não cair, seu filho cairá
E quanto mais crânios são colocados nos degraus
Uma hora ou outra esse degrau vai deslizar
E alguém vai cair

Na mitose, uma célula forma duas
Duas formam quatro
Crescem em progressão exponencial
E quanto mais pessoas sobem nessa escada falha de crânios
Mais pessoas cairão quando ela desabar
Tomemos cuidado para que quando esta escada cair
Não seja a humanidade inteira que entre em colapso
Em completa queda livre

Para que isto não aconteça, eduquemos nossos filhos
Eu, com este enorme texto, estou fazendo minha parte
Como um pequeno passarinho que leva algumas gotas d´água
Para apagar grandioso incêndio que se alastra por toda uma floresta
Pode ser um trabalho inócuo, se eu estiver sozinho
Mas com este texto, se eu estimular alguém
Este alguém influenciará outro alguém
1 contagia 2
2 contagiam 4
E a progressão exponencial cresce ao nosso favor
Cresçamos pois
E sonhemos muito
Para por nossos ideais em prática
Salvando nosso planeta da involução

Fernando Luiz

quarta-feira, 16 de março de 2011

Soneto Analítico-Geométrico

Querer e não poder
É o pior dos suplícios
A assíntota traz a expectativa da aproximação
Frustrada pela impossibilidade do toque

O fogo que explode por dentro
Representa faces de uma mesma moeda
Pois consiste em chama que alimenta pelo calor
Porém, queima a essência pelo martírio do intangível

Sorte é que um espírito eu tenho
E ele é etéreo
E vai a qualquer lugar

Então, adentro em meus sonhos
Me perco em devaneios
Fantasiando um mundo onde minha alma pode concorrer com a tua (nos tocando enfim)

Fernando Luiz

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Soneto Oportuno

Existem três coisas que não concedem retorno
A flecha lançada
A palavra proferida
E a oportunidade perdida

Muitas vezes, não se quer lançar a flecha
Mas ela sai de nossas mãos
E atinge a quem estava frágil
Ou suceptível à sua propriedade lancinante

Assim sendo, cuidado com o que dizes (ou escreves)
Uma palavra proferida (e mal entendida) chega como uma flecha
Ferindo quem a interpreta de maneira equivocada

Queria não perder a oportunidade de curar
Àqueles a quem feri
Através de minhas amargas palavras, ainda que inconscientemente

Fernando Luiz

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sonetos de Amor III

Soneto Oculto

O sol ilumina a lua
Para que ela mostre sua face diante dos nossos olhos
Porém, a lua possui uma face oculta
Que esconde múltiplos segredos

Assim é o que vivemos
Te ilumino com o brilho do meu querer
Emites de volta o brilho, cheia de vida que és
Porém, teu verdadeiro amor é face oculta, pois não sou o destinatário de seu principal teor

E tal qual a lua gira em torno da Terra
Eu gravito em torno de ti
Porém, não confesso o que sinto

E vivemos nesta complementaridade silenciosa
Dependendo do referencial, ora eu sou a lua, ora tu és
Cada qual com o seu segredo

Soneto Pétreo

Figura mitológica de grande destaque
A medusa, um personagem muito intrigante
Encanta os desavisados com o seu chamado
Petrificando-os em seguida de maneira mortal

Tu assim também és, sedutora infeliz
Destila seu veneno atroz por onde passa
Exala sedução em teu caminhar
Petrificando os sentidos de quem te observa e admira

Então, afasta-te de mim maldita
Tu e teu delicioso veneno
Que não poderei em tempo algum sorver

Pois, tua poção mágica é capaz de encantar
Mas, vagarosamente me faria definhar
Conduzindo-me a uma petrificação holística (comtemplar-te)

Soneto Fraternal

Amantes fomos e de maneira plena
Porém, tornou-se necessária uma indesejavel separação
E o que inicialmente era isolamento geográfico
Se tornou, em seguida, uma carência emocional mútua

Eis que hoje nos reencontramos
É notório o cuidado de um para com o outro
A clivagem forçada nos obriga a censurar um desejo
Que teima em nos consumir

E no meu conceito, nesta vida, irmãos deveremos ser
Pois, almas que se completam, mesmo sem envolvimento material
São almas gêmeas, irmãs

A matéria nos deu, mas também nos tirou
E o isolamento material, atualmente é necessário
Para que, neste ciclo fundamental, voltemos a ser, um dia, almas amantes

Fernando Luiz

domingo, 2 de janeiro de 2011

11

Te
desejo
tudo de bom
que a vida possa
te oferecer em toda
plenitude,hoje e sempre:
Paz
Saúde
Amor
Vida
Que o amor nos conduza.

O
amor
nos guiará
por todos os passos
deste ano que se inicia.
Deus
é o nosso
condutor
semeando
amor em
nossas vidas. Deus é nosso Pai!

Fernando Luiz