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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Soneto da(s) Verdade(s)

Mais uma vez você joga
E diz ser aquela que realmente ama
Me acusando de ser um mero poeta (para você é alguém passivo e contemplativo)
Enquanto você estaria lutando pela sobrevivência (mas o que realmente fez para manter vivo o que nos unia?)

Mais uma vez você joga, não a critico, apenas lamento (por nós)
Preferia que não jogasse, pois se diz feliz sem o ser
E no seu íntimo você sabe disso
Não é feliz porque ainda joga e porque não me tem (assim como eu também não sou, por não te ter)

E o meu jogo não tem dissimulações (então não é um jogo)
Eu só falo a verdade, embora não o fiz em todos os momentos
Mas desde o momento crucial, apenas verdades falo

Verdades para o bem ou para o mal
Não importa, são todas verdades e eu ainda te amo (a primeira maior verdade)
E se escrevo poesias para ti, é porque meu coração ainda chora (a segunda maior verdade)

Fernando Luiz

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