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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Soneto Monótono

A poesia é mais
Que retrato de banalidades
Trivial é o poeta
Que cultua a monotonia

A melancolia exacerbada
O amor inalcançável
As amenidades recorrentes
Uma mesmice sem fim

A rotina poética me incomoda
Pois soa falsa a insistência
Em discorrer sobre um tema só

Parece fingimento exaltar eterna alegria
Ou mediocridade passiva, o sofrer eterno
Pois o poeta, assim como o homem, é plural


Fernando Luiz

domingo, 6 de novembro de 2011

Soneto Peçonhento

Cobras são seres
Que agem sorrateiramente
E guardam sua peçonha
Para inocular no momento certo

Assim são algumas pessoas
Amáveis por conveniência
Mas que na primeira contrariedade
Introduzem, sem dó, sua letal substância

A diferença é que
As cobras agem por instinto
E os homens por malícia

O homem não é então, de fato, um ofídio
Tanto não tem controle sobre seu próprio veneno
Que morderá a língua e será sufocado por ele

Fernando Luiz