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terça-feira, 26 de junho de 2012

Hiato


O conjunto a que você pertence
Não permitiu a minha inclusão
Tudo conspira contra
A união psicológica
Que irrefreavelmente
Fomos obrigados a consumar

A homogênea sintonia
Tornou-se patente
Desde os primeiros segundos
Mas todos os fatores
São adversários
Daquilo que temos de mais belo
E mais raro:
A complementaridade

E ao invés de te procurar
Para desaguar em você
Todas as minhas angústias
Todos os meus votos de felicidade
Toda a confirmação
De que te quero bem
Prefiro a mudez
Pratico a mentalização
Das lembranças
Tão vivas
Que ainda pulsam
Dentro de mim

Será sempre assim
Desejando a você o melhor
Que a eternidade
Possa te oferecer

E continuarei assim
Preterindo a presença indesejável
E preferindo o silêncio eloquente
Próprio de quem tem a ciência
Que a imposição de um hiato
É algo simplesmente temporário

Fernando Luiz

sábado, 2 de junho de 2012

Medo


Tenho medo
Do que desconheço
Seja alguém
Seja algo
Seja um resultado
O desconhecido
Me gera angústia

Tenho receio
De arriscar
E ver a mudança
Ser algo pior
Do que o status quo

Porém, mesmo que eu lute
Meu corpo
Não é o mesmo de ontem
Minha alma
Tampouco
Mudança é regra
Não exceção

Hoje 
Sou outro
E amanhã
Não mais o mesmo
E depois de amanhã
Mais ímpar ainda

Questiono a mim mesmo
Porque tanto medo
De mudar
Se a mudança
É inevitável?

E chego a seguinte conclusão
A mudança é bem vinda
O emudecer é a tragédia
Omissão da vida
Depressão do corpo
Calvário da alma
Acomodada
Com uma existência medíocre

Sem espaço para o medo
Mudar eu quero
Mudar eu desejo
Mudar eu exijo
E devo cobrar tudo isso
A mim mesmo

Fernando Luiz