Eu quero os melhores sorrisos
As melhores companhias
Os melhores momentos
Porque esse é o objetivo da vida
Viver com leveza
Pensar com clareza
E ter a certeza
De que ser feliz é o que importa
Quero em um dia fugaz
Declarar sem mais
Que a paz
Finalmente em meu peito jaz
Que a partir de hoje
Eu inicie a mudança
Que me trará um dia
Depois da tempestade (necessária)
A bonança
Tempos de esperança
Florescem em meu coração
Porque o futuro
É agora
E sem mais
Marcho firme
Em busca de (minha) paz
Fernando Luiz
Um exercício plural da manifestação do "Eu Lírico" (Representação de Múltiplos Personagens Através da Poesia)
sábado, 31 de dezembro de 2011
Auto-Engano
Perdão é algo nobre
Não se ache evoluído
Se as mágoas preenchem
O seu coração contraditório
Julgar e condenar alguém
Por um erro que eu também cometo
É errar duplamente
Pelo julgamento e pela hipocrisia
É justo que se faça uma análise
Se eu realmente evoluí como ser humano
Ou continuo enganando a mim mesmo
Portando as mesmas imperfeições, com roupagens diferentes
Achar-me melhor que ontem
Pode ser um ledo engano
Pois posso ser um versátil pierrot
Que no carnaval da vida, todo dia, troca de máscara
Fernando Luiz
Não se ache evoluído
Se as mágoas preenchem
O seu coração contraditório
Julgar e condenar alguém
Por um erro que eu também cometo
É errar duplamente
Pelo julgamento e pela hipocrisia
É justo que se faça uma análise
Se eu realmente evoluí como ser humano
Ou continuo enganando a mim mesmo
Portando as mesmas imperfeições, com roupagens diferentes
Achar-me melhor que ontem
Pode ser um ledo engano
Pois posso ser um versátil pierrot
Que no carnaval da vida, todo dia, troca de máscara
Fernando Luiz
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Soneto Monótono
A poesia é mais
Que retrato de banalidades
Trivial é o poeta
Que cultua a monotonia
A melancolia exacerbada
O amor inalcançável
As amenidades recorrentes
Uma mesmice sem fim
A rotina poética me incomoda
Pois soa falsa a insistência
Em discorrer sobre um tema só
Parece fingimento exaltar eterna alegria
Ou mediocridade passiva, o sofrer eterno
Pois o poeta, assim como o homem, é plural
Fernando Luiz
Que retrato de banalidades
Trivial é o poeta
Que cultua a monotonia
A melancolia exacerbada
O amor inalcançável
As amenidades recorrentes
Uma mesmice sem fim
A rotina poética me incomoda
Pois soa falsa a insistência
Em discorrer sobre um tema só
Parece fingimento exaltar eterna alegria
Ou mediocridade passiva, o sofrer eterno
Pois o poeta, assim como o homem, é plural
Fernando Luiz
domingo, 6 de novembro de 2011
Soneto Peçonhento
Cobras são seres
Que agem sorrateiramente
E guardam sua peçonha
Para inocular no momento certo
Assim são algumas pessoas
Amáveis por conveniência
Mas que na primeira contrariedade
Introduzem, sem dó, sua letal substância
A diferença é que
As cobras agem por instinto
E os homens por malícia
O homem não é então, de fato, um ofídio
Tanto não tem controle sobre seu próprio veneno
Que morderá a língua e será sufocado por ele
Fernando Luiz
domingo, 30 de outubro de 2011
Inteligência Emocional
O obscurantismo
Da própria alma
É a pior chaga
Que alguém pode carregar
A pueril preocupação
Com sentimentalismos debilóides
Rascunhos do que seria uma indivudalidade
Na verdade,
Fragmentada pelos próprios devaneios
Perdida em uma realidade paralela
Que só existe na verdade
Em seus sofismas pessoais
E na sua loucura particular
E a cegueira é tão intensa
Que preocupado em exaltar sua condição
De eterno sofredor
Rebaixa aqueles que lhe estenderam a mão
Nos mais críticos momentos
E exalta o fator de angústia
Aquele por quem sempre sofreu
E venerou
Mas que sempre o relegou
A segundo plano
Cuspir no prato que se come
É pensar limpar a própria essência
Do martírio que a consome
Inútil ilusão
Porque o que é do homem
O bicho não come
E até o verme rejeita
E tal bactéria resistente
O martírio se replica
Pois um simples escarro
Não serve para limpar todo o escárnio
Auto-gravado a ferro quente
No próprio espírito
Ilusão de viver se achando
O supra-sumo da intelectualidade
Mas, na verdade
Desprezar o afago da mão amiga
E exaltar o carrasco do dia-a-dia
É atestar
Fracasso
De inteligência
Emocional
Um poema que
Se inteligente emocionalmente
O autor também fosse
Nem escreveria
Pois o silêncio
É a melhor resposta
A quem apedreja
A mão que lhe afaga
...
Fernando Luiz
Da própria alma
É a pior chaga
Que alguém pode carregar
A pueril preocupação
Com sentimentalismos debilóides
Rascunhos do que seria uma indivudalidade
Na verdade,
Fragmentada pelos próprios devaneios
Perdida em uma realidade paralela
Que só existe na verdade
Em seus sofismas pessoais
E na sua loucura particular
E a cegueira é tão intensa
Que preocupado em exaltar sua condição
De eterno sofredor
Rebaixa aqueles que lhe estenderam a mão
Nos mais críticos momentos
E exalta o fator de angústia
Aquele por quem sempre sofreu
E venerou
Mas que sempre o relegou
A segundo plano
Cuspir no prato que se come
É pensar limpar a própria essência
Do martírio que a consome
Inútil ilusão
Porque o que é do homem
O bicho não come
E até o verme rejeita
E tal bactéria resistente
O martírio se replica
Pois um simples escarro
Não serve para limpar todo o escárnio
Auto-gravado a ferro quente
No próprio espírito
Ilusão de viver se achando
O supra-sumo da intelectualidade
Mas, na verdade
Desprezar o afago da mão amiga
E exaltar o carrasco do dia-a-dia
É atestar
Fracasso
De inteligência
Emocional
Um poema que
Se inteligente emocionalmente
O autor também fosse
Nem escreveria
Pois o silêncio
É a melhor resposta
A quem apedreja
A mão que lhe afaga
...
Fernando Luiz
domingo, 16 de outubro de 2011
Melancólico eu
Quisera eu
chamar-me teu
um apogeu
que já se deu
O que se viveu
comprometeu
arrefeceu
o futuro meu
O passado correu
Mas ainda não morreu
Apenas na mente se perdeu
E fico no breu
Um sem-escudo, Perseu
Um melancólico eu
Fernando Luiz
chamar-me teu
um apogeu
que já se deu
O que se viveu
comprometeu
arrefeceu
o futuro meu
O passado correu
Mas ainda não morreu
Apenas na mente se perdeu
E fico no breu
Um sem-escudo, Perseu
Um melancólico eu
Fernando Luiz
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Celebração
A ampulheta
Move o pó
E mesmo ficando mais velho
Não me sinto só
Envelhecer
Faz parte da vida
É opção pessoal
Cultivar feridas
E esta data
Não é só minha
É a celebração da vida
Com as pessoas queridas
E neste dia, tristezas não permito
Da angústia não serei solidário
Me permito confraternizar com os meus
Um dia de feliz aniversário
Fernando Luiz
Move o pó
E mesmo ficando mais velho
Não me sinto só
Envelhecer
Faz parte da vida
É opção pessoal
Cultivar feridas
E esta data
Não é só minha
É a celebração da vida
Com as pessoas queridas
E neste dia, tristezas não permito
Da angústia não serei solidário
Me permito confraternizar com os meus
Um dia de feliz aniversário
Fernando Luiz
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Círculo Vicioso
O mundo gira
E giram mais
As cabeças
Que padecem
Nessa roda gigante
Chamada vida
Cabeças
Que rolam
Por mãos
Que tosam
O sangue
Dos que choram
A vida
Seria
Alegria
Todavia
A via
Da agonia
Todo dia
Nos policia
E o carrasco
Causa asco
E espanto
Pois corta o encanto
Destruindo o recanto
E silenciando o canto
Dos que riam tanto
E o sofrimento
Causado pelo egoísmo
É o desalento
Que o homem
Carrasco de talento
Cria em si mesmo
Enchendo de sofrimento
A sua própria vida
Num movimento
Sem consciência
E dilacerante
De sua própria essência
Fernando Luiz
E giram mais
As cabeças
Que padecem
Nessa roda gigante
Chamada vida
Cabeças
Que rolam
Por mãos
Que tosam
O sangue
Dos que choram
A vida
Seria
Alegria
Todavia
A via
Da agonia
Todo dia
Nos policia
E o carrasco
Causa asco
E espanto
Pois corta o encanto
Destruindo o recanto
E silenciando o canto
Dos que riam tanto
E o sofrimento
Causado pelo egoísmo
É o desalento
Que o homem
Carrasco de talento
Cria em si mesmo
Enchendo de sofrimento
A sua própria vida
Num movimento
Sem consciência
E dilacerante
De sua própria essência
Fernando Luiz
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Cinco Sentidos
Duas metades que se procuram
Antes mesmo de se conhecer
Ausência que nunca trouxe angústia
Pois a concorrência das duas vidas
Linhas retas, não paralelas
Cedo ou tarde iria ocorrer
A explosão do sentimento contido
No momento do encontro esperado
Mas que não se tinha pré-ciência de que este era
O exato momento crucial
O mais importante das duas existências
Até que os lábios se tocassem
Homem, pobre ser material
Precisa do impulso da matéria
Para que todas as coisas do espírito
Sejam reveladas
E o toque de dois labios
Revelou o maior de todos os sentimentos
A visão sinalizava a inicial identificação que impulsionava
A audição denunciava a doçura da voz que atraia
O olfato percebia o aroma que encantava
O tato confirmava a química que explodia
E o paladar, destinado a sentir os sabores pela lingua
Fora dominado pela essência do outro lábio que compartilhava o beijo
E é o beijo
A chave
Que abre as portas
Da real felicidade humana:
Sentir o verdadeiro amor compartilhado
Que não reside na matéria, reside no espírito
Fernando Luiz
Antes mesmo de se conhecer
Ausência que nunca trouxe angústia
Pois a concorrência das duas vidas
Linhas retas, não paralelas
Cedo ou tarde iria ocorrer
A explosão do sentimento contido
No momento do encontro esperado
Mas que não se tinha pré-ciência de que este era
O exato momento crucial
O mais importante das duas existências
Até que os lábios se tocassem
Homem, pobre ser material
Precisa do impulso da matéria
Para que todas as coisas do espírito
Sejam reveladas
E o toque de dois labios
Revelou o maior de todos os sentimentos
A visão sinalizava a inicial identificação que impulsionava
A audição denunciava a doçura da voz que atraia
O olfato percebia o aroma que encantava
O tato confirmava a química que explodia
E o paladar, destinado a sentir os sabores pela lingua
Fora dominado pela essência do outro lábio que compartilhava o beijo
E é o beijo
A chave
Que abre as portas
Da real felicidade humana:
Sentir o verdadeiro amor compartilhado
Que não reside na matéria, reside no espírito
Fernando Luiz
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Outdoor
A vedete
é a única vivência
daqueles que sempre
buscam a evidência
Chamar a atenção
sem pudor ou consciência
atitudes que me fazem
perder a paciência
Intolerante, talvez
Mas, não cedo a vez
A quem age com insensatez
O barulho não me convém
Para quem talento tem
Reconhecimento naturalmente vem
Fernando Luiz
é a única vivência
daqueles que sempre
buscam a evidência
Chamar a atenção
sem pudor ou consciência
atitudes que me fazem
perder a paciência
Intolerante, talvez
Mas, não cedo a vez
A quem age com insensatez
O barulho não me convém
Para quem talento tem
Reconhecimento naturalmente vem
Fernando Luiz
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Soneto Contraditório (?)
Eu não sou o poeta das doces palavras
Eu sou o poeta que acusa
Que coloca o dedo na ferida
Que a faz sangrar
Não tenho como objetivo preencher
Sua vida de eufemismos que enganam
Jamais irá ouvir da minha boca o banal elogio
Nem da minha pena lerá a fantasia de que a vida é bela
Eu sou o fantasma do escárnio
Porque a realidade em que vivemos
É um escândalo constante
E sei que quando aponto o indicador
Três dedos voltam, direcionando-se para mim
Então, conclui-se que escrevo mais para a minha própria correção
Fernando Luiz
Eu sou o poeta que acusa
Que coloca o dedo na ferida
Que a faz sangrar
Não tenho como objetivo preencher
Sua vida de eufemismos que enganam
Jamais irá ouvir da minha boca o banal elogio
Nem da minha pena lerá a fantasia de que a vida é bela
Eu sou o fantasma do escárnio
Porque a realidade em que vivemos
É um escândalo constante
E sei que quando aponto o indicador
Três dedos voltam, direcionando-se para mim
Então, conclui-se que escrevo mais para a minha própria correção
Fernando Luiz
terça-feira, 24 de maio de 2011
Correr, Voar, Sonhar...
Olhar distante, pensamento muito mais
As paisagens apreciadas pelo andar ritmado
Conhecendo toda a vizinhança em uma porção de hora
Onde meu corpo conduz meu espírito além
O coração trabalha, bombeando feliz
Compassado por uma atividade que o exige por completo
O cansaço das pernas movimentadas e do pulmão ofegante
É compensado pela minha exclusão do sedentarismo
Corro, vôo e sonho
Percorro até onde me for permitido
Socorro cada célula carente de oxigênio
E ao mesmo tempo que meu corpo se encontra preso à corrida
O espírito está liberto para vaguear por onde quiser
Com o chão prendendo minhas pernas, mas dando asas à minha essência
Fernando Luiz
As paisagens apreciadas pelo andar ritmado
Conhecendo toda a vizinhança em uma porção de hora
Onde meu corpo conduz meu espírito além
O coração trabalha, bombeando feliz
Compassado por uma atividade que o exige por completo
O cansaço das pernas movimentadas e do pulmão ofegante
É compensado pela minha exclusão do sedentarismo
Corro, vôo e sonho
Percorro até onde me for permitido
Socorro cada célula carente de oxigênio
E ao mesmo tempo que meu corpo se encontra preso à corrida
O espírito está liberto para vaguear por onde quiser
Com o chão prendendo minhas pernas, mas dando asas à minha essência
Fernando Luiz
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Soneto da(s) Verdade(s)
Mais uma vez você joga
E diz ser aquela que realmente ama
Me acusando de ser um mero poeta (para você é alguém passivo e contemplativo)
Enquanto você estaria lutando pela sobrevivência (mas o que realmente fez para manter vivo o que nos unia?)
Mais uma vez você joga, não a critico, apenas lamento (por nós)
Preferia que não jogasse, pois se diz feliz sem o ser
E no seu íntimo você sabe disso
Não é feliz porque ainda joga e porque não me tem (assim como eu também não sou, por não te ter)
E o meu jogo não tem dissimulações (então não é um jogo)
Eu só falo a verdade, embora não o fiz em todos os momentos
Mas desde o momento crucial, apenas verdades falo
Verdades para o bem ou para o mal
Não importa, são todas verdades e eu ainda te amo (a primeira maior verdade)
E se escrevo poesias para ti, é porque meu coração ainda chora (a segunda maior verdade)
Fernando Luiz
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Soneto Falso-Hipócrita
O pré-conceito é inerente ao ser humano
Costumamos rotular o comportamento de alguém
Por aquilo que este demonstra na maioria das vezes
Em que estamos com ele face a face
O preconceito se manifesta
Quando esquecemos que uma pessoa
Tem várias ações dependendo do estímulo
Não sendo algo sem vida e apresentando uma única resposta a todos os fenômenos
Portanto, se você é uma pessoa espirituosa e bem-humorada
E quiser falar de coisas sérias
Não tenha constrangimento, nem se ache hipócrita
Na realidade, você se enquadra na classe dos "falsos-hipócritas"
Os superficiais estereotipam você, vendo hipocrisia na falta de um comportamento único
Mas você se conhece melhor que ninguém, para afirmar: "eu sou plural"
Fernando Luiz
Costumamos rotular o comportamento de alguém
Por aquilo que este demonstra na maioria das vezes
Em que estamos com ele face a face
O preconceito se manifesta
Quando esquecemos que uma pessoa
Tem várias ações dependendo do estímulo
Não sendo algo sem vida e apresentando uma única resposta a todos os fenômenos
Portanto, se você é uma pessoa espirituosa e bem-humorada
E quiser falar de coisas sérias
Não tenha constrangimento, nem se ache hipócrita
Na realidade, você se enquadra na classe dos "falsos-hipócritas"
Os superficiais estereotipam você, vendo hipocrisia na falta de um comportamento único
Mas você se conhece melhor que ninguém, para afirmar: "eu sou plural"
Fernando Luiz
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Soneto do Sofrimento Antecipado
Estamos vivos, pensamos e existimos: fato
Porém, há clara diferença entre viver e existir
Viver é povoar pensamentos e ações com propósitos evolutivos
Existir apenas, é deixar a vida em metabolismo basal
Pior do que somente existir, é viver em constante medo
É entregar-se ao sofrimento antecipado
Estado depressivo que te induz a crescente negativismo
Enferrujando o corpo e entrevando a alma
O trabalho é a chave que salva
Nos movimenta os tecidos, oxigenando as células
Limpando o espírito, expurgando suas chagas
Caro amigo, sofrer por antecipação
É considerar-se mortificado peru, diante dos talheres gulosos em uma ceia
Onde a inércia te fará ser engolido pelos turbilhões da vida
Fernando Luiz
Porém, há clara diferença entre viver e existir
Viver é povoar pensamentos e ações com propósitos evolutivos
Existir apenas, é deixar a vida em metabolismo basal
Pior do que somente existir, é viver em constante medo
É entregar-se ao sofrimento antecipado
Estado depressivo que te induz a crescente negativismo
Enferrujando o corpo e entrevando a alma
O trabalho é a chave que salva
Nos movimenta os tecidos, oxigenando as células
Limpando o espírito, expurgando suas chagas
Caro amigo, sofrer por antecipação
É considerar-se mortificado peru, diante dos talheres gulosos em uma ceia
Onde a inércia te fará ser engolido pelos turbilhões da vida
Fernando Luiz
segunda-feira, 28 de março de 2011
Involução
Minhas entranhas se corroem
Meu asco e minha ânsia de vômito se exacerbam
Quando constato que a sociedade se auto-sabota
Pelos procedimentos individuais de cada homem mesquinho
Erva daninha que cresce
Impedindo o crescimento de plantas que deixariam o jardim verdejante
Jardim pleno de vida que seria (sim, o mundo tem potencial para ser belo)
Morre sufocado pela ação nefasta dos caráteres duvidosos
Interminável ciclo vicioso
Doloso individual e coletivamente
Criação que passa de pai para filho
Em sequência irrefreável e crescente de erros
Uma sociedade permissiva
Onde pais despreparados calam a boca de seus filhos através de presentes materiais
Temem contrariá-los com sermões que os tornariam homens
Preferem o sossego momentâneo oferecendo-lhes mimos
E estas crianças crescem obtendo tudo o que desejam
Tudo querem e tudo podem dentro do ambiente familiar
Nada mais natural acharem o mundo uma extensão da sua casa
E lá também acham que poderão pintar e bordar
Crescem exercendo a arte da manipulação
Da bajulação, do interesse dissimulado
E de uma pequena falha de caráter
Criou-se um ser humano dotado de nenhum caráter
Aos 5 anos, uma criança mimada que chora ao não ganhar presente
Berrando, chamando a atenção de todos
O pai despreparado para evitar o escândalo
Compra-lhe o presente que lhe calará a boca (por alguns instantes)
Aos 15 anos, um adolescente cheio de direitos
Dentro de casa é um verdadeiro rei
Os pais são marionetes em sua mão
Pois ao invés de educar seu filhos, eles que foram "educados" (melhor seria dizer adestrados)
Na escola, o adolescente torna-se popular e bem quisto
Mostrando sempre um sorriso fácil e amistoso
Esse é o esconderijo de sua superficialidade de espírito
Pois mostrará todo o seu potencial ferino à mínima contrariedade
Não há escola ou professor que "tenha o direito" de chamar-lhe a atenção
Pois ele se sente ofendido por estar sendo educado
Os pais se revoltam com o "constrangimento" do "filhinho"
E o caráter deste indvíduo progressivamente entra em xeque
Situação irônica e contraditória
Oficialmente, o boleto bancário é pago
Estando embutida no preço a educação
Mas, na prática, educar DE VERDADE significa constrangimento
Escola e professores sucumbem perante o maquiavelismo do "estudante"
Que vai progressivamente engolindo tudo e a todos
Expande suas manipulações do lar ao mundo
Tornando-se cada vez mais habilidoso em persuadir e enganar
Aos 25 anos, homem feito
Desenvolvido mentalmente e fisicamente
Porém, este desenvolvimento ocorre de maneira inversamente proporcional
Ao do seu caráter
Dois caminhos naturais seguem para este ser humano despreparado
Se preguiçoso, tornar-se-á um pai tão omisso quanto o seu foi
Por não ter recebido a educação correta, cederá aos choros do filho mimado
Que crescerá, tornando-se a imagem e semelhança do genitor (mitose de caráteres falidos)
O outro caminho é o desenvolvimento da astúcia
Habilidoso em manipular pais, escola e professores
Vai sempre galgando degraus maiores
Se lançando ao mundo da política
E como sempre foi um indivíduo estrategista
Usando a chantagem, a maquiagem e o oportunismo
Disfarçará através dos mesmos sorrisos fáceis (e aprimorados) um interesse pelo povo
Quando o seu único e exclusivo interesse é a satisfação de seus desejos pessoais momentâneos
Por isso, posso ser considerado pessimista
Mas não vejo chances da sociedade mudar a curto prazo
Pois cada vez mais, pais despreparados são lançados no "mercado"
Semeando em seus filhos a semente da incompetência
E nesta cadeia alimentar, nesta magnificação trófica
Ser humano engolindo ser humano
Um canibalismo que existe pelo fato dos homens não saberem se "alimentar" da maneira correta
Aos invés de se alimentar pela essência do conhecimento, "alimentam-se" uns dos outros
Construa a sua essência
Não precise derrubar ninguém para ser vencedor
Sua ascensão é sólida se for edificada pelo seu talento
Construir escadas de crânios não é aporte seguro
Pois esta escada é falha e você caírá
E se você não cair, seu filho cairá
E quanto mais crânios são colocados nos degraus
Uma hora ou outra esse degrau vai deslizar
E alguém vai cair
Na mitose, uma célula forma duas
Duas formam quatro
Crescem em progressão exponencial
E quanto mais pessoas sobem nessa escada falha de crânios
Mais pessoas cairão quando ela desabar
Tomemos cuidado para que quando esta escada cair
Não seja a humanidade inteira que entre em colapso
Em completa queda livre
Para que isto não aconteça, eduquemos nossos filhos
Eu, com este enorme texto, estou fazendo minha parte
Como um pequeno passarinho que leva algumas gotas d´água
Para apagar grandioso incêndio que se alastra por toda uma floresta
Pode ser um trabalho inócuo, se eu estiver sozinho
Mas com este texto, se eu estimular alguém
Este alguém influenciará outro alguém
1 contagia 2
2 contagiam 4
E a progressão exponencial cresce ao nosso favor
Cresçamos pois
E sonhemos muito
Para por nossos ideais em prática
Salvando nosso planeta da involução
Fernando Luiz
Meu asco e minha ânsia de vômito se exacerbam
Quando constato que a sociedade se auto-sabota
Pelos procedimentos individuais de cada homem mesquinho
Erva daninha que cresce
Impedindo o crescimento de plantas que deixariam o jardim verdejante
Jardim pleno de vida que seria (sim, o mundo tem potencial para ser belo)
Morre sufocado pela ação nefasta dos caráteres duvidosos
Interminável ciclo vicioso
Doloso individual e coletivamente
Criação que passa de pai para filho
Em sequência irrefreável e crescente de erros
Uma sociedade permissiva
Onde pais despreparados calam a boca de seus filhos através de presentes materiais
Temem contrariá-los com sermões que os tornariam homens
Preferem o sossego momentâneo oferecendo-lhes mimos
E estas crianças crescem obtendo tudo o que desejam
Tudo querem e tudo podem dentro do ambiente familiar
Nada mais natural acharem o mundo uma extensão da sua casa
E lá também acham que poderão pintar e bordar
Crescem exercendo a arte da manipulação
Da bajulação, do interesse dissimulado
E de uma pequena falha de caráter
Criou-se um ser humano dotado de nenhum caráter
Aos 5 anos, uma criança mimada que chora ao não ganhar presente
Berrando, chamando a atenção de todos
O pai despreparado para evitar o escândalo
Compra-lhe o presente que lhe calará a boca (por alguns instantes)
Aos 15 anos, um adolescente cheio de direitos
Dentro de casa é um verdadeiro rei
Os pais são marionetes em sua mão
Pois ao invés de educar seu filhos, eles que foram "educados" (melhor seria dizer adestrados)
Na escola, o adolescente torna-se popular e bem quisto
Mostrando sempre um sorriso fácil e amistoso
Esse é o esconderijo de sua superficialidade de espírito
Pois mostrará todo o seu potencial ferino à mínima contrariedade
Não há escola ou professor que "tenha o direito" de chamar-lhe a atenção
Pois ele se sente ofendido por estar sendo educado
Os pais se revoltam com o "constrangimento" do "filhinho"
E o caráter deste indvíduo progressivamente entra em xeque
Situação irônica e contraditória
Oficialmente, o boleto bancário é pago
Estando embutida no preço a educação
Mas, na prática, educar DE VERDADE significa constrangimento
Escola e professores sucumbem perante o maquiavelismo do "estudante"
Que vai progressivamente engolindo tudo e a todos
Expande suas manipulações do lar ao mundo
Tornando-se cada vez mais habilidoso em persuadir e enganar
Aos 25 anos, homem feito
Desenvolvido mentalmente e fisicamente
Porém, este desenvolvimento ocorre de maneira inversamente proporcional
Ao do seu caráter
Dois caminhos naturais seguem para este ser humano despreparado
Se preguiçoso, tornar-se-á um pai tão omisso quanto o seu foi
Por não ter recebido a educação correta, cederá aos choros do filho mimado
Que crescerá, tornando-se a imagem e semelhança do genitor (mitose de caráteres falidos)
O outro caminho é o desenvolvimento da astúcia
Habilidoso em manipular pais, escola e professores
Vai sempre galgando degraus maiores
Se lançando ao mundo da política
E como sempre foi um indivíduo estrategista
Usando a chantagem, a maquiagem e o oportunismo
Disfarçará através dos mesmos sorrisos fáceis (e aprimorados) um interesse pelo povo
Quando o seu único e exclusivo interesse é a satisfação de seus desejos pessoais momentâneos
Por isso, posso ser considerado pessimista
Mas não vejo chances da sociedade mudar a curto prazo
Pois cada vez mais, pais despreparados são lançados no "mercado"
Semeando em seus filhos a semente da incompetência
E nesta cadeia alimentar, nesta magnificação trófica
Ser humano engolindo ser humano
Um canibalismo que existe pelo fato dos homens não saberem se "alimentar" da maneira correta
Aos invés de se alimentar pela essência do conhecimento, "alimentam-se" uns dos outros
Construa a sua essência
Não precise derrubar ninguém para ser vencedor
Sua ascensão é sólida se for edificada pelo seu talento
Construir escadas de crânios não é aporte seguro
Pois esta escada é falha e você caírá
E se você não cair, seu filho cairá
E quanto mais crânios são colocados nos degraus
Uma hora ou outra esse degrau vai deslizar
E alguém vai cair
Na mitose, uma célula forma duas
Duas formam quatro
Crescem em progressão exponencial
E quanto mais pessoas sobem nessa escada falha de crânios
Mais pessoas cairão quando ela desabar
Tomemos cuidado para que quando esta escada cair
Não seja a humanidade inteira que entre em colapso
Em completa queda livre
Para que isto não aconteça, eduquemos nossos filhos
Eu, com este enorme texto, estou fazendo minha parte
Como um pequeno passarinho que leva algumas gotas d´água
Para apagar grandioso incêndio que se alastra por toda uma floresta
Pode ser um trabalho inócuo, se eu estiver sozinho
Mas com este texto, se eu estimular alguém
Este alguém influenciará outro alguém
1 contagia 2
2 contagiam 4
E a progressão exponencial cresce ao nosso favor
Cresçamos pois
E sonhemos muito
Para por nossos ideais em prática
Salvando nosso planeta da involução
Fernando Luiz
quarta-feira, 16 de março de 2011
Soneto Analítico-Geométrico
Querer e não poder
É o pior dos suplícios
A assíntota traz a expectativa da aproximação
Frustrada pela impossibilidade do toque
O fogo que explode por dentro
Representa faces de uma mesma moeda
Pois consiste em chama que alimenta pelo calor
Porém, queima a essência pelo martírio do intangível
Sorte é que um espírito eu tenho
E ele é etéreo
E vai a qualquer lugar
Então, adentro em meus sonhos
Me perco em devaneios
Fantasiando um mundo onde minha alma pode concorrer com a tua (nos tocando enfim)
Fernando Luiz
É o pior dos suplícios
A assíntota traz a expectativa da aproximação
Frustrada pela impossibilidade do toque
O fogo que explode por dentro
Representa faces de uma mesma moeda
Pois consiste em chama que alimenta pelo calor
Porém, queima a essência pelo martírio do intangível
Sorte é que um espírito eu tenho
E ele é etéreo
E vai a qualquer lugar
Então, adentro em meus sonhos
Me perco em devaneios
Fantasiando um mundo onde minha alma pode concorrer com a tua (nos tocando enfim)
Fernando Luiz
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Soneto Oportuno
Existem três coisas que não concedem retorno
A flecha lançada
A palavra proferida
E a oportunidade perdida
Muitas vezes, não se quer lançar a flecha
Mas ela sai de nossas mãos
E atinge a quem estava frágil
Ou suceptível à sua propriedade lancinante
Assim sendo, cuidado com o que dizes (ou escreves)
Uma palavra proferida (e mal entendida) chega como uma flecha
Ferindo quem a interpreta de maneira equivocada
Queria não perder a oportunidade de curar
Àqueles a quem feri
Através de minhas amargas palavras, ainda que inconscientemente
Fernando Luiz
A flecha lançada
A palavra proferida
E a oportunidade perdida
Muitas vezes, não se quer lançar a flecha
Mas ela sai de nossas mãos
E atinge a quem estava frágil
Ou suceptível à sua propriedade lancinante
Assim sendo, cuidado com o que dizes (ou escreves)
Uma palavra proferida (e mal entendida) chega como uma flecha
Ferindo quem a interpreta de maneira equivocada
Queria não perder a oportunidade de curar
Àqueles a quem feri
Através de minhas amargas palavras, ainda que inconscientemente
Fernando Luiz
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Sonetos de Amor III
Soneto Oculto
O sol ilumina a lua
Para que ela mostre sua face diante dos nossos olhos
Porém, a lua possui uma face oculta
Que esconde múltiplos segredos
Assim é o que vivemos
Te ilumino com o brilho do meu querer
Emites de volta o brilho, cheia de vida que és
Porém, teu verdadeiro amor é face oculta, pois não sou o destinatário de seu principal teor
E tal qual a lua gira em torno da Terra
Eu gravito em torno de ti
Porém, não confesso o que sinto
E vivemos nesta complementaridade silenciosa
Dependendo do referencial, ora eu sou a lua, ora tu és
Cada qual com o seu segredo
Soneto Pétreo
Figura mitológica de grande destaque
A medusa, um personagem muito intrigante
Encanta os desavisados com o seu chamado
Petrificando-os em seguida de maneira mortal
Tu assim também és, sedutora infeliz
Destila seu veneno atroz por onde passa
Exala sedução em teu caminhar
Petrificando os sentidos de quem te observa e admira
Então, afasta-te de mim maldita
Tu e teu delicioso veneno
Que não poderei em tempo algum sorver
Pois, tua poção mágica é capaz de encantar
Mas, vagarosamente me faria definhar
Conduzindo-me a uma petrificação holística (comtemplar-te)
Soneto Fraternal
Amantes fomos e de maneira plena
Porém, tornou-se necessária uma indesejavel separação
E o que inicialmente era isolamento geográfico
Se tornou, em seguida, uma carência emocional mútua
Eis que hoje nos reencontramos
É notório o cuidado de um para com o outro
A clivagem forçada nos obriga a censurar um desejo
Que teima em nos consumir
E no meu conceito, nesta vida, irmãos deveremos ser
Pois, almas que se completam, mesmo sem envolvimento material
São almas gêmeas, irmãs
A matéria nos deu, mas também nos tirou
E o isolamento material, atualmente é necessário
Para que, neste ciclo fundamental, voltemos a ser, um dia, almas amantes
Fernando Luiz
O sol ilumina a lua
Para que ela mostre sua face diante dos nossos olhos
Porém, a lua possui uma face oculta
Que esconde múltiplos segredos
Assim é o que vivemos
Te ilumino com o brilho do meu querer
Emites de volta o brilho, cheia de vida que és
Porém, teu verdadeiro amor é face oculta, pois não sou o destinatário de seu principal teor
E tal qual a lua gira em torno da Terra
Eu gravito em torno de ti
Porém, não confesso o que sinto
E vivemos nesta complementaridade silenciosa
Dependendo do referencial, ora eu sou a lua, ora tu és
Cada qual com o seu segredo
Soneto Pétreo
Figura mitológica de grande destaque
A medusa, um personagem muito intrigante
Encanta os desavisados com o seu chamado
Petrificando-os em seguida de maneira mortal
Tu assim também és, sedutora infeliz
Destila seu veneno atroz por onde passa
Exala sedução em teu caminhar
Petrificando os sentidos de quem te observa e admira
Então, afasta-te de mim maldita
Tu e teu delicioso veneno
Que não poderei em tempo algum sorver
Pois, tua poção mágica é capaz de encantar
Mas, vagarosamente me faria definhar
Conduzindo-me a uma petrificação holística (comtemplar-te)
Soneto Fraternal
Amantes fomos e de maneira plena
Porém, tornou-se necessária uma indesejavel separação
E o que inicialmente era isolamento geográfico
Se tornou, em seguida, uma carência emocional mútua
Eis que hoje nos reencontramos
É notório o cuidado de um para com o outro
A clivagem forçada nos obriga a censurar um desejo
Que teima em nos consumir
E no meu conceito, nesta vida, irmãos deveremos ser
Pois, almas que se completam, mesmo sem envolvimento material
São almas gêmeas, irmãs
A matéria nos deu, mas também nos tirou
E o isolamento material, atualmente é necessário
Para que, neste ciclo fundamental, voltemos a ser, um dia, almas amantes
Fernando Luiz
domingo, 2 de janeiro de 2011
11
Te
desejo
tudo de bom
que a vida possa
te oferecer em toda
plenitude,hoje e sempre:
plenitude,hoje e sempre:
Paz
Saúde
Amor
Vida
Que o amor nos conduza.
O
amor
nos guiará
por todos os passos
deste ano que se inicia.
Deus
é o nosso
condutor
semeando
amor em
nossas vidas. Deus é nosso Pai!
Fernando Luiz
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