Tenho medo
Do que desconheço
Seja alguém
Seja algo
Seja um resultado
O desconhecido
Me gera angústia
Tenho receio
De arriscar
E ver a mudança
Ser algo pior
Do que o status quo
Porém, mesmo que eu lute
Meu corpo
Não é o mesmo de ontem
Minha alma
Tampouco
Mudança é regra
Não exceção
Hoje
Sou outro
E amanhã
Não mais o mesmo
E depois de amanhã
Mais ímpar ainda
Questiono a mim mesmo
Porque tanto medo
De mudar
Se a mudança
É inevitável?
E chego a seguinte conclusão
A mudança é bem vinda
O emudecer é a tragédia
Omissão da vida
Depressão do corpo
Calvário da alma
Acomodada
Com uma existência medíocre
Sem espaço para o medo
Mudar eu quero
Mudar eu desejo
Mudar eu exijo
E devo cobrar tudo isso
A mim mesmo
Fernando Luiz
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