Um exercício plural da manifestação do "Eu Lírico" (Representação de Múltiplos Personagens Através da Poesia)
sábado, 19 de maio de 2012
A Cadeira Vazia
Eis que um dia
Após tediosos trajetos
Marcante espiritualidade
Assenta-se perto
De mim
Alguns pares de horas
Transcorridas sem pressa
Simbiose de vida
Compartilhada espontaneamente
O tempo que voou
Não voltará atrás
E a cadeira mesmo que ocupada
A partir de hoje, ao meu lado
Estará vazia
Pois, como água de rio
Que jamais volta a mesma posição
Quem quer que ocupe
O mesmo lugar
Não terá a mesma complexidade
A mesma naturalidade
A mesma alegria de viver
Mas, a cadeira, apesar de vazia
Sempre irá me fazer lembrar
Das sensações despertadas em mim
Do meu renascimento
Como é bom sentir-se vivo
Outra vez!
A cadeira vazia
Sempre irá me lembrar
Do principal ensinamento
De todos
Sem Deus no coração
Não realizamos nada
Pois a nossa essência
Está perdida
Sem a Divindade
Mola mestra
De todo o nosso existir
A cadeira, apesar de vazia
Me preencherá o espírito
Me trará um sorriso ao rosto
Me faz e fará ver
Que a vida
Acontece
Através das surpresas
Do inesperado
Daquilo que te impressiona
Sem aviso
Simplesmente surgindo
Como um presente de Deus
Fernando Luiz
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