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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ausência

Deitado em minha cama, pensamento fugaz
Minha matéria depositada neste leito, estremecida jaz
Corpo no tempo presente, mente em algum tempo atrás
Só eu sei a falta que o teu amor me faz!

Teu toque em meu corpo, só pureza me traz
Cada segundo que se passava, eu queria ficar contigo mais
Enclausurado em teu amor, preso em uma feliz Alcatraz
Só eu sei a falta que o teu amor me faz!

Teus olhos que brilham como nunca outra pedra brilhou jamais
Um brilho incandescente, me irradiando de paz
Cintilação que me faz lamentar um tempo que não retrocede mais
Só eu sei a falta que o teu amor me faz!

Fico estático, como absorvendo veneno que entorpece os sinais
Um melancólico marinheiro, esperando o navio a beira do cais
Teu perfume gerava em mim essências vitais
Só eu sei a falta que o teu amor me faz!

E desta forma, só me resta esperar renascer uma vez mais
Pois nossa união em espírito e pelas diversas vidas já é contumaz
Espero que na próxima vida, você emita os corretos sinais
Para que eu te reconheça de imediato e não perca um segundo de paz
E que de belos filhos, nós sejamos pais
Assim sendo, eu não sentirei falta de teu amor jamais
Minha alma privada da tua é como escravo padecendo na mão do capataz
Pois hoje, só eu sei a falta que o teu amor me faz!

Fernando Luiz

3 comentários:

  1. Obrigado pelos comentários em meu blog, caro colega poeta. Pois bem... cadê a Tici que não comenta esta declaração de amor? Abraço e continue esta empreitada pra não enrijecer os devaneios do coração...

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  2. feeelu, que lindo! nao sabia que voce escrevia taao bem :) (liana)

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