Grande Mar infinito
Me inclua no teor do seu requisito
Que é o do vai e vem cíclico
Que expurga a impureza no recanto mais íntimo
Contemplar o teu oscilar
É estimular o meu revigorar
Pois tu tens em teu ciclo milenar
A função do ânimo reestruturar
Espelhar-se em ti é obrigação
Pois somos humanos, não temos perfeição
Nossa vida também é de ciclos em oscilação
Nossa vida é de momentos, um turbilhão
O teu equilíbrio é o padrão
Saber trabalhar com ele: eis a questão
Pois viver em altos e baixos é uma constante lição
Tal como uma função senóide em construção
A interferência do homem em teu proceder
Causa muito mais desconforto que lazer
Quando em ti deseja o padrão modificar ou inverter
Vem um tsunami pronto para fazer tudo arrefecer
Sou humilde, Grande Mar, ao teus pés
Porém, não tenho medo em minha vida de qualquer revés
Pois sei que o dissabor não é eterno, ao invés
Sei que ele é o ingresso para que eu possa entrar no convés
Dentro do convés, irei em ti navegar
Não importa o navio, o importante é apreciar
A tua beleza e a tua imponência sem par
Capaz em todas as almas, da alegria regenerar
Grande Mar, caso eu não consiga em ti adentrar
Me contento em ficar no raso, vendo o teu flutuar
Sentado a beira de ti, os olhos a marejar
Com a alegria e a nostalgia de ver a tua paz me saciar
Fernando Luiz
Muito bom Fernadin (Beira-Mar). Fez juz ao sobrenome. Me permita esta poesia de minha autoria:
ResponderExcluirA MARÉ
Quando olho feliz a linda lua
Eis breves suspiros atentos.
Sentimentos, meros martírios,
Um contornável desalento,
Pois há de mudar... a maré.
Na amorfa constância da vida,
Sem a quem o que perguntar,
Sublimes, os meus sentimentos
Não posso em nada mudar,
Pois é isto que... a maré.
Contorna o graúdo corpo
Do meu continente pedrado,
Súbita friagem menina,
Lábios macios alados.
Danada sorri... a maré.
Teu beijo me sopra areias
Das dunas do meu coração,
Retira o monte de teias,
Refaz a tão bela paixão.
Cupido tu és... a maré.
Pirata de alma perdida,
Hoje entendo a maré.
Sereia de corpo divino
Eternamente minha tu és.
É amar, isto... a maré.
Tiago Vieira Cavalcante
Só falta a galera frescar...hihihi