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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nós, Robôs

Andar por esta metrópole
Não é sinônimo de tranquilidade
O que era há muito tempo bucólico
Atualmente é espetáculo do caos

Pessoas caminham apressadas
São robôs, só que ainda não perceberam
A culpa também não é só delas
É de todo um contexto que as faz acreditar nisso

A paisagem é indutora da robotização
Prédios e estruturas cartesianas
Nos fazem cegamente crer
Que nossa vida é ciência exata e não humana

As normas de comportamento também robotizam
Quando somos identificados como números e não nomes
Até mesmo quem vive na miséria
É reconhecido socialmente pelo número zero

A volta para casa, depois de um dia de labor
É ícone de todo esse processo automatizado
Um espetáculo de luzes enfurecidas
Faróis de carros guiados por motoristas-robôs (nós mesmos)

E a sensibilidade se esvai
Quando este comportamento se torna uma constante
Prova de que, realmente, o que não é natural
Não nos consegue fazer seres humanos plenos

Bom seria se este espetáculo de luzes
Fosse apreciado em uma bela paisagem campestre
Tal cenário hoje em dia é visto, pela maioria, apenas em quadros
Como se uma ilusão de óptica fosse

Fernando Luiz

3 comentários:

  1. Tá assistindo muito filme rapá...tá esquecendo do lado lúdico da cidade, além do hedonista...tem de tudo nesse mundo e tudo misturado...

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  2. Eu escrevi isto depois de voltar pra casa num dia extenuante e voltando pela BR-116... Tu queria que eu escrevesse sobre o lado lúdico da cidade? Só se fosse pra contar da "brincadeira de tentar não colidir com nenhum veículo e sair vivo da BR-116"... ehehehehehehehe

    O meu "eu lírico" estava impressionado com a voracidade luminosa desta cidade, com todo mundo louco voltando pra casa, pela BR-116... Rapaz é horrível...

    Vlw Tiaguim

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  3. não posso reclamar...
    adoro zuado e dióxido de carbono...
    rs
    belo texto

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