Andar por esta metrópole
Não é sinônimo de tranquilidade
O que era há muito tempo bucólico
Atualmente é espetáculo do caos
Pessoas caminham apressadas
São robôs, só que ainda não perceberam
A culpa também não é só delas
É de todo um contexto que as faz acreditar nisso
A paisagem é indutora da robotização
Prédios e estruturas cartesianas
Nos fazem cegamente crer
Que nossa vida é ciência exata e não humana
As normas de comportamento também robotizam
Quando somos identificados como números e não nomes
Até mesmo quem vive na miséria
É reconhecido socialmente pelo número zero
A volta para casa, depois de um dia de labor
É ícone de todo esse processo automatizado
Um espetáculo de luzes enfurecidas
Faróis de carros guiados por motoristas-robôs (nós mesmos)
E a sensibilidade se esvai
Quando este comportamento se torna uma constante
Prova de que, realmente, o que não é natural
Não nos consegue fazer seres humanos plenos
Bom seria se este espetáculo de luzes
Fosse apreciado em uma bela paisagem campestre
Tal cenário hoje em dia é visto, pela maioria, apenas em quadros
Como se uma ilusão de óptica fosse
Fernando Luiz
Tá assistindo muito filme rapá...tá esquecendo do lado lúdico da cidade, além do hedonista...tem de tudo nesse mundo e tudo misturado...
ResponderExcluirEu escrevi isto depois de voltar pra casa num dia extenuante e voltando pela BR-116... Tu queria que eu escrevesse sobre o lado lúdico da cidade? Só se fosse pra contar da "brincadeira de tentar não colidir com nenhum veículo e sair vivo da BR-116"... ehehehehehehehe
ResponderExcluirO meu "eu lírico" estava impressionado com a voracidade luminosa desta cidade, com todo mundo louco voltando pra casa, pela BR-116... Rapaz é horrível...
Vlw Tiaguim
não posso reclamar...
ResponderExcluiradoro zuado e dióxido de carbono...
rs
belo texto