Olhar distante, pensamento muito mais
As paisagens apreciadas pelo andar ritmado
Conhecendo toda a vizinhança em uma porção de hora
Onde meu corpo conduz meu espírito além
O coração trabalha, bombeando feliz
Compassado por uma atividade que o exige por completo
O cansaço das pernas movimentadas e do pulmão ofegante
É compensado pela minha exclusão do sedentarismo
Corro, vôo e sonho
Percorro até onde me for permitido
Socorro cada célula carente de oxigênio
E ao mesmo tempo que meu corpo se encontra preso à corrida
O espírito está liberto para vaguear por onde quiser
Com o chão prendendo minhas pernas, mas dando asas à minha essência
Fernando Luiz
Um exercício plural da manifestação do "Eu Lírico" (Representação de Múltiplos Personagens Através da Poesia)
terça-feira, 24 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Soneto da(s) Verdade(s)
Mais uma vez você joga
E diz ser aquela que realmente ama
Me acusando de ser um mero poeta (para você é alguém passivo e contemplativo)
Enquanto você estaria lutando pela sobrevivência (mas o que realmente fez para manter vivo o que nos unia?)
Mais uma vez você joga, não a critico, apenas lamento (por nós)
Preferia que não jogasse, pois se diz feliz sem o ser
E no seu íntimo você sabe disso
Não é feliz porque ainda joga e porque não me tem (assim como eu também não sou, por não te ter)
E o meu jogo não tem dissimulações (então não é um jogo)
Eu só falo a verdade, embora não o fiz em todos os momentos
Mas desde o momento crucial, apenas verdades falo
Verdades para o bem ou para o mal
Não importa, são todas verdades e eu ainda te amo (a primeira maior verdade)
E se escrevo poesias para ti, é porque meu coração ainda chora (a segunda maior verdade)
Fernando Luiz
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