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terça-feira, 27 de julho de 2010

Grande Mar

Grande Mar infinito
Me inclua no teor do seu requisito
Que é o do vai e vem cíclico
Que expurga a impureza no recanto mais íntimo

Contemplar o teu oscilar
É estimular o meu revigorar
Pois tu tens em teu ciclo milenar
A função do ânimo reestruturar

Espelhar-se em ti é obrigação
Pois somos humanos, não temos perfeição
Nossa vida também é de ciclos em oscilação
Nossa vida é de momentos, um turbilhão

O teu equilíbrio é o padrão
Saber trabalhar com ele: eis a questão
Pois viver em altos e baixos é uma constante lição
Tal como uma função senóide em construção

A interferência do homem em teu proceder
Causa muito mais desconforto que lazer
Quando em ti deseja o padrão modificar ou inverter
Vem um tsunami pronto para fazer tudo arrefecer

Sou humilde, Grande Mar, ao teus pés
Porém, não tenho medo em minha vida de qualquer revés
Pois sei que o dissabor não é eterno, ao invés
Sei que ele é o ingresso para que eu possa entrar no convés

Dentro do convés, irei em ti navegar
Não importa o navio, o importante é apreciar
A tua beleza e a tua imponência sem par
Capaz em todas as almas, da alegria regenerar

Grande Mar, caso eu não consiga em ti adentrar
Me contento em ficar no raso, vendo o teu flutuar
Sentado a beira de ti, os olhos a marejar
Com a alegria e a nostalgia de ver a tua paz me saciar

Fernando Luiz

Um comentário:

  1. Muito bom Fernadin (Beira-Mar). Fez juz ao sobrenome. Me permita esta poesia de minha autoria:

    A MARÉ

    Quando olho feliz a linda lua
    Eis breves suspiros atentos.
    Sentimentos, meros martírios,
    Um contornável desalento,
    Pois há de mudar... a maré.

    Na amorfa constância da vida,
    Sem a quem o que perguntar,
    Sublimes, os meus sentimentos
    Não posso em nada mudar,
    Pois é isto que... a maré.

    Contorna o graúdo corpo
    Do meu continente pedrado,
    Súbita friagem menina,
    Lábios macios alados.
    Danada sorri... a maré.

    Teu beijo me sopra areias
    Das dunas do meu coração,
    Retira o monte de teias,
    Refaz a tão bela paixão.
    Cupido tu és... a maré.

    Pirata de alma perdida,
    Hoje entendo a maré.
    Sereia de corpo divino
    Eternamente minha tu és.
    É amar, isto... a maré.

    Tiago Vieira Cavalcante

    Só falta a galera frescar...hihihi

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