A poesia é mais
Que retrato de banalidades
Trivial é o poeta
Que cultua a monotonia
A melancolia exacerbada
O amor inalcançável
As amenidades recorrentes
Uma mesmice sem fim
A rotina poética me incomoda
Pois soa falsa a insistência
Em discorrer sobre um tema só
Parece fingimento exaltar eterna alegria
Ou mediocridade passiva, o sofrer eterno
Pois o poeta, assim como o homem, é plural
Fernando Luiz
Um exercício plural da manifestação do "Eu Lírico" (Representação de Múltiplos Personagens Através da Poesia)
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
Soneto Peçonhento
Cobras são seres
Que agem sorrateiramente
E guardam sua peçonha
Para inocular no momento certo
Assim são algumas pessoas
Amáveis por conveniência
Mas que na primeira contrariedade
Introduzem, sem dó, sua letal substância
A diferença é que
As cobras agem por instinto
E os homens por malícia
O homem não é então, de fato, um ofídio
Tanto não tem controle sobre seu próprio veneno
Que morderá a língua e será sufocado por ele
Fernando Luiz
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