O obscurantismo
Da própria alma
É a pior chaga
Que alguém pode carregar
A pueril preocupação
Com sentimentalismos debilóides
Rascunhos do que seria uma indivudalidade
Na verdade,
Fragmentada pelos próprios devaneios
Perdida em uma realidade paralela
Que só existe na verdade
Em seus sofismas pessoais
E na sua loucura particular
E a cegueira é tão intensa
Que preocupado em exaltar sua condição
De eterno sofredor
Rebaixa aqueles que lhe estenderam a mão
Nos mais críticos momentos
E exalta o fator de angústia
Aquele por quem sempre sofreu
E venerou
Mas que sempre o relegou
A segundo plano
Cuspir no prato que se come
É pensar limpar a própria essência
Do martírio que a consome
Inútil ilusão
Porque o que é do homem
O bicho não come
E até o verme rejeita
E tal bactéria resistente
O martírio se replica
Pois um simples escarro
Não serve para limpar todo o escárnio
Auto-gravado a ferro quente
No próprio espírito
Ilusão de viver se achando
O supra-sumo da intelectualidade
Mas, na verdade
Desprezar o afago da mão amiga
E exaltar o carrasco do dia-a-dia
É atestar
Fracasso
De inteligência
Emocional
Um poema que
Se inteligente emocionalmente
O autor também fosse
Nem escreveria
Pois o silêncio
É a melhor resposta
A quem apedreja
A mão que lhe afaga
...
Fernando Luiz
Um exercício plural da manifestação do "Eu Lírico" (Representação de Múltiplos Personagens Através da Poesia)
domingo, 30 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Melancólico eu
Quisera eu
chamar-me teu
um apogeu
que já se deu
O que se viveu
comprometeu
arrefeceu
o futuro meu
O passado correu
Mas ainda não morreu
Apenas na mente se perdeu
E fico no breu
Um sem-escudo, Perseu
Um melancólico eu
Fernando Luiz
chamar-me teu
um apogeu
que já se deu
O que se viveu
comprometeu
arrefeceu
o futuro meu
O passado correu
Mas ainda não morreu
Apenas na mente se perdeu
E fico no breu
Um sem-escudo, Perseu
Um melancólico eu
Fernando Luiz
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